Está tramitando na Câmara de BH, em regime de urgência e com 8 extraordinárias convocadas, uma proposta de mudança do regimento interno. Pelo novo regimento, os vereadores de oposição da cidade perderiam quase todas as ferramentas regimentais de obstrução e até manifestação. Isso significa que todas as propostas de interesse do Executivo em BH seriam votados em sessões quase relâmpago. Pouquíssima discussão. Você talvez não dê valor a isto, mas se seu discurso sobre ser contra a corrupção for sério, saiba q isso é um cheque em branco para corrupção.
Veja alguns exemplos:
- Em 2009 a PBH enviou um PL p autorizar a venda de 116 terrenos da cidade por um valor total de R$27 milhões;
- Mandou o PL sem laudo de avaliação, sem descrição precisa da localização, sem estudo prévio de impacto financeiro;
- Para obter esses documentos, obstrui as sessões da CMBH por quase 2 meses, não deixando o PL ir a votação;
- Quando os estudos que eu encomendei chegaram, descobriu-se que os terrenos valiam, juntos, não R$27milhões, mas acima de R$600 milhões;
- Um só terreno, q a PBH tem no Belvedere, é avaliado hoje CONSERVADORAMENTE em R$140 milhões. E seria vendido pela bagatela de R$7milhões;
- A venda da Rua Musas: foi amplamente divulgada por uma ação de obstrução minha na CMBH;
- A verticalização da Pampulha: Obstrução minha;
- Aumento do IPTU e ITBI? Idem;
- O prejuízo aos cofres públicos de BH entre 2009 e 2014 poderia ter sido de quase R$1 bilhão, se não fossem os atos de obstrução na CMBH;
E ano que vem virá o pior e mais complicado de todos os projetos: a lei de uso e ocupação do solo. Nenhum PL na república sofre mais lobbying do que este.